Do analógico ao digital. Estamos vivendo sem sombra de dúvidas, pelo menos, em alguns aspectos, uma era dourada da inovação.
A todo momento deparamo-nos com novos avanços em inteligência artificial, terapia genética, robótica e um número infindável de novos aplicativos.
A indústria da recuperação de crédito poderá ficar alheia a tudo isto? Penso que não. Aliás, algumas empresas até já fizeram incursões várias, utilizando-se de novos instrumentos tecnológicos para saírem do analógico rumo ao digital. Não existindo, porém, dados concretos do real custo/benefício da mudança.
Toda inovação é alcançada através de tentativas e erros não cometidos, espera-se, uma segunda vez. Alguns formuladores de políticas e estratégias estão tentando tolerar mais riscos para que suas apostas inovadoras tenham êxito. Só que os obstáculos para as inovações estão ficando maiores a cada dia que passa e a sociedade, a seu turno, tem ficado menos tolerante ao risco. Novas ideias devem ser sempre testadas rapidamente para que se possa corrigir os erros, o mais brevemente possível.
Deve-se ser ousado para coloca-las em prática, mas nunca perder o foco, pois quem se arvora em tudo fazer, acaba por não fazer é nada. Toda inovação deve carregar consigo uma proposta de valor que atraia o consumidor final, pois é na satisfação de suas necessidades que os empreendedores devem pensar prioritariamente, preocupando-se, não apenas com o produto, mas com todas as fases do processo que o levam até seu cliente, inclusive pensando na capacitação constante de sua equipe de operadores.
Analógicas ou digitais, todo o empreendedor deve estar focado na oportunidade de criar empresas de forma rápida e barata, principalmente nas Startups, onde a competência é mais acirrada.
O Franchising
As novas tecnologias são de fato uma combinação de tecnologias e processos empresariais, geralmente difíceis de replicar, sendo este um fator crucial, pois, no franchising, a replicação de um determinado conceito é da essência de todo o processo. Trazer o franchising para as empresas digitais pode ser um desafio a mais, outrora não pensado.
A Mediação
Um outro desafio a mais, do qual não se cogitou, ainda, é trazer a mediação para a indústria para a recuperação de crédito, analógico ou digital, não importa. É que, o mediador é aquele indivíduo o qual, não possuindo vínculo com nenhuma das partes: credor ou devedor, apresenta-se como um elemento neutro para “quebrar as resistências” iniciais, recíprocas do credor devedor procurando um denominador comum de modo a conciliar os interesses em jogo.
A atuação de um mediador se faz tão mais necessária na medida que as partes possuam uma relação contínua a qual permanecerá existindo após a conciliação do impasse surgido.
O financiador e o financiado, então inadimplente, uma vez colocadas em dia suas obrigações pecuniárias, pela liquidação da parcela em atraso terá, sim, uma relação de trato continuado, que ambos gostariam de preservar.
A situação com a qual nos deparamos, com respeito as empresas de recuperação de crédito, é que elas não preencheriam, a saciedade, a condição de mediadora, pois teriam vínculo necessariamente com o credor, cujo crédito tentam recuperar. A não ser que, graças ao espirito inovador e os avanços da tecnologias, novas empresas digitais de recuperação de crédito apresentem-se como autenticas mediadoras sem necessariamente possuírem vínculo contratual pré-existente com o credor.
Analógicas ou digitais, atuando ou não dentro do regime de franquia empresarial; como mediadores ou não na sua criação bons e velhos conselhos não devem ser nunca esquecidos.
Plano B
Ao montar um novo negócio você deve usar sua rede de contatos, porque são essas pessoas que, direta ou indiretamente, vão ajuda-lo a construir seu negocio, como investidores, consultores ou simples agentes publicitários.
Deve, você, outrossim, estar prevenido com um plano “B”, para o imponderável, não se esquecendo de que não se deve entrar em nenhum novo negócio, sem saber, de antemão, como desde poderá sair.
Finalmente agir a todo tempo com muita persistência, organização, sem medo de assumir riscos calculados e jamais desistir.
Prof. Dr. Luiz Felizardo Barroso, Ph.D
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